terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mensagem


E assim correm os dias... deparamo-nos com as mais diversas informações, soluções, falta de opções
etc...

Ora nos sentimos alegres, ora frustrados, entretanto, continuamos nossa luta pela sobrevivência, pelo

progresso intelectual, financeiro e, não raramente, esquecemos até mesmo do que somos e passamos

a agir quase que sem regras, ou pior, criando as nossas próprias, sem nos preocuparmos se estamos

ou não agindo de forma coerente.

Temos sempre a razão ao nosso lado. Afinal de contas, para que ponderarmos? Somos imbatíveis,

donos de pequenas e frágeis verdades que não passam, muitas vezes, de meras divagações.

Esta é a vida para a qual fomos, desde crianças, incentivados a praticar: lutar, conquistar, melhorar,

adquirir, trocar, mandar, esquecer, decidir quando se deve perdoar, interromper... mas, apesar deste

comportamento que nos incutiram como verdadeiro, não raramente somos surpreendidos por alguns

limites, fora do nosso controle, que nem sempre são negociáveis.

Quando as pequenas ou grandes avalanches aparecem, sempre ficamos perplexos e nunca somos

merecedores de tamanhas agruras. Somos apenas e tão somente vítimas do tão decantado destino.

Num determinado momento, de inspiração ímpar, somos convidados a nos tornarmos Maçons.

Sem nada, ou com muito pouco conhecimento, enveredamos por um novo caminho, certos de que

estamos fazendo algo que principia com a reforma íntima, se alastra de maneira incontida para todos

os cantos por onde quer que passemos, somos acolhidos e chamados, a partir de então, de irmãos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PRECE MAÇONICA




Oh! Grande Arquiteto do Universo,

Faça que minhas decisões, meus dias, meus pensamentos,

Sejam os exatos reflexos dos seus ensinamentos,

E eu possa, assim, caminhar com integridade...

Quando fizer algo em favor dos outros,

Que meu nome seja simplesmente, como os demais, citado,

Sendo em tempo algum, jamais exaltado,

Pois, apenas estarei cumprindo minha obrigação de Maçom.

Grande Arquiteto do Universo,

Fazei com que eu não me sinta inebriado por nada,

Que minhas palavras brotem do fundo do coração,

E não sejam, simples arranjos de letras fabricados em meu cérebro e

transmitidos,

apenas para causar comoção!!!

Não permita que meu ego aprenda a conjugar somente a primeira pessoa do

singular,

Incute em meu ser, o sentido do “nós”!!!


E que minhas ações sejam corretas e se difundam, brandamente,

Por intermédio da minha voz.

Se um dia detiver o poder em minha vida profana,

Que seja ele manso, digno, algo que não se ufana,

Posto que é efêmero!

Que eu não imponha regras quando ajudar a um irmão,

Pois deverei fazê-lo com carinho, desprendimento, empolgação,

Não permita que eu aprenda a julgar...

Ensina-me a perdoar,

A não guardar ódio em meu coração,

Pois se assim não for, serei apenas mais um na multidão.

Sentimentos como a cobiça e a vaidade,

Afaste-os do meu caminho.

Pois, caso contrário, é certo que um dia estarei sozinho.

E assim, quando o limite máximo me for imposto,

Que a serenidade esteja presente em meu rosto,

Que a alegria do dever cumprido se faça presente.

Ai então, os amigos haverão de lembrar que pela repetição dos meus atos,

Colecionei e emoldurei todos os fatos,

Se não fiz melhor, ao menos tentei.

Não importa quem eu seja,

Aprendiz, companheiro, mestre ou venerável,

Devo trazer o rosto sempre afável,

Pois esta é a verdadeira razão...

Gestos, sinais, simbologias,

Para dar sentido às nossas vidas, muitas vezes, vazias.

É por isso que nos reunimos...

Para tratarmos de assuntos que enlevam o espírito,

Para polirmos nossas imensas pedras brutas,

Para vivermos em paz, para vencermos nossas lutas...

Combater o despotismo, a tirania, os vícios humanos,

Referimo-nos aos de fora como profanos,

E muitas vezes, cometemos as mesmas e velhas falhas!!!

Grande Arquiteto,

Obrigado pela oportunidade que eu tive,

Obrigado pelos irmãos que ganhei,

E, especialmente, por esta vida que passei!!!

Se outra oportunidade me fosse dada,

Se outra vida pudesse ser vivida,

Se tivesse a opção de escolher,


Seria eu novamente um membro dessa loja,

Onde se aplicam normas de consciência e retidão,

E assim, teria eu novamente a chance de poder dizer,

Que fui um verdadeiro Maçom!!!

ROGERIO DE ALMEIDA...


Ser Maçom


Ser maçom implica, acima de tudo, em trabalhar em si mesmo. Nosso ideário, expresso em nossos rituais e em nossas leis, objetivam a transformação do "eu", nos dizeres maçônicos, na transformação da pedra-bruta em pedra cúbica polida, a única que tem serventia na construção do Templo.
Este trabalho, em nós mesmos, é penoso e muito difícil. Facilmente podemos constatar que é um trabalho para toda uma vida e que nunca o terminaremos enquanto vivermos.
Embora por vezes nos confundamos, os frutos deste trabalho não são os graus que nos são conferidos nos diversos sistemas ritualísticos maçônicos, não são os cargos que possamos ter em loja ou na estrutura da obediência maçônica.
O verdadeiro fruto é o Maçom, o artífice proficiente em sua arte, a pedra cúbica polida que pode se encaixar perfeitamente em 99 % da obra de construção do Templo.
O maçom, é justo em suas medidas, realiza obras de boa geometria, sabe usar o esquadro e o compasso, é mestre no trabalho com a tríplice argamassa e a trolha. Utiliza a régua de 24 polegadas e a alavanca com a necessária força e vigor, nem mais nem menos do que a necessidade lhe impõem.
Ao utilizar o cordel, o lápis e a prancheta de traçar sempre se vê como o operário que irá executar seu plano de trabalho, desta forma não impõem aos outros operários tarefas que ele próprio não saberia ou teria forças para executar.
O Maçom cuida bem de suas ferramentas de trabalho... não se vê em sua oficina ferramentas espalhadas e em desordem. Também não admite que utilizem suas ferramentas de forma a estragá-las ou inutilizá-las. Elas estão sempre prontas para serem utilizadas de forma correta e com presteza e maestria.
O Maçom vai em socorro dos outros operários com suas ferramentas e Arte, pronto a auxiliá-los em suas próprias obras, mas não pode fazer toda a obra dos outros operários, pois aí a obra seria sua e não do outro e, a sua própria obra, ficaria abandonada... Também não pode emprestar indefinidamente suas ferramentas, pois não teria com o que trabalhar em sua própria obra...
Mas este Maçom, operário competente, sabe que somente a prática continua de sua Arte pode lhe proporcionar resultados justos e perfeitos em seu trabalho. Por isso nunca se afasta do seu canteiro de obras. Está sempre atento a sua obra e a forma e estrutura que a mesma vai adquirindo. Sempre repensando se as medidas de cada trabalho que realiza estão harmônicas com o todo da obra.
Também não titubeia em refazer um trabalho quando necessário. Pois tem consciência que uma peça mal feita ou um erro de medida poderá por toda a obra a perder. A obra poderá ruir ou não ter funcionalidade ou então se tornar uma construção feia que em nada lembrará os elegantes e bem alicerçados Templos que estão a sua volta.

De:


Publicado no grupo Salmo 133 – Restaurando o Espírito Maçom




terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

CARGOS EM LOJA - Parte 1

Para o êxito do trabalho maçônico, este foi dividido em tarefas e estas são colocadas sob a responsabilidade de uma determinada Mestre, que a terá a seu encargo.

Salientamos aqui que a quantidade, a denominação e os lugares onde se colocam tais cargos, é variável de acordo com o Rito adotado pela Loja, contudo, neste post, vamos nos ater aos preceitos do REAA que nos apresenta os seguintes cargos: Venerável Mestre, 1ª Vigilante, 2ª Vigilante, Oradora, Secretária, Tesoureira, Chanceler, Mestre de Cerimônias, Hospitaleira, 1ª Diaconisa, 2ª Diaconisa, 1ª Experta, 2ª Experta, Porta-Bandeira, Porta-Estandarte, Porta-Espada, Guarda do Templo, Guarda Externa, Mestre de Banquete, Mestre de Harmonia, Mestre Bibliotecária e Mestre Arquiteta.

É importante termos em mente que, todos os cargos de uma Loja têm seu caráter esotérico e estão impregnados do simbolismo que marca todo trabalho em Maçonaria Simbólica.

Muitos acreditam que a administração de uma Loja é atividade exclusiva da Venerável, mas não é. Uma Loja é como um corpo, que possui diversos orgãos e membros, que funcionam distintamente porém em total interação com os demais, e todos sob o controle do cérebro que a tudo coordena.

Para garantir a fluidez dos trabalhos, podemos seccionar uma Loja da seguinte forma:

COODENAÇÃO GERAL - Venerável Mestre, Vigilantes

SETOR ADMINISTRATIVO - Secretária, Oradora, Chanceler, Mestre Arquiteta

SETOR FINANCEIRO - Tesoureira, Hospitaleira

SETOR SOCIAL - Chanceler, Hospitaleira, Mestre de Banquetes

SETOR CULTURAL - Oradora, Mestre de Harmonia, Mestre Bibliotecária, Porta-Bandeira, Porta-Estandarte


SETOR LITÚRGICO - Oradora, Mestre de Cerimônias, Diaconisas, Expertas, Guardas e Porta-Espada

(Baseado nos textos de Francisco de Assis Carvalho, Walter Pacheco Jr, José Castellani e Moisés Ramos Pimentel)